Os poemas e fotos aqui publicados, quando não identificados como sendo de outros autores, são de autoria de Antonio Augusto Biermann Pinto

sexta-feira, 17 de abril de 2015

QUINTAL DE CRONOS

O tempo é a saudade de tudo
Que um dia foi nosso mundo
E no fundo do fundo ficou

O tempo é uma gaveta fechada
Onde a vida mantém guardada
A lembrança do que importou

O tempo é um portão para o nada
Tentando manter trancada
Uma história que já passou

O tempo é um leão com asas
Vigiando o quintal das casas
Onde a nossa alma morou

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O POETA

O poeta nunca sabe quais as horas
O poeta não se importa com demoras
A piscina do poeta não tem bordas
O poeta amarra o tempo sem ter cordas

Que ao poeta não se exija traçar rotas
O poeta anda certo em linhas tortas
O poeta ainda fala línguas mortas
O poeta fecha os olhos e abre portas

O poeta arrasta dores como esporas
O poeta esconde amores nas amoras
O poeta, meus senhores e senhoras,
É o guardião das raras cores das auroras


Rio São Francisco - Neópolis, SE

Rio São Francisco - Neópolis, SE