Perdemos silêncios
bonitos
Nesses impulsos de
falares
Nessas pressas de
palavras
Nessas frases sem
escora
Sumiram silêncios
benditos
Nessa angústia de
haver dito
Aquilo que, feio ou
bonito,
Das almas e mentes
aflora
Bons tempos em que a
palavra
Por vezes ficava de
fora
E tudo era dito em
olhares
E compreendido na
hora
Hoje as palavras não
calam
Hoje a boca é
senhora
E porque os olhos já
não falam
É que os silêncios vão
embora
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