Chove, como chove
Ao meio dia da quinta
Chove na planta sedenta
Chove na terra faminta
Que chova, também
Sobre os homens
Alguma cor, uma tinta
Que de tão leve e invisível
Nenhum ser humano a sinta
Mas pinte ao tocá-los
Por dentro
Com a tintura mais linda
E assim a secura que temos
Seja para sempre extinta
Chove, deixem que chova
Não parem a chuva ainda
Se vem para lavar nossas almas
A chuva da vida é bem vinda
Entre as folhas, e as pedras, vive Cronos, impassível...silencioso... fatal. Ele gosta de ser desafiado, gosta que o procurem pelos cantos, sob a hera, entre as raízes, por trás das paredes cinzas e desbotadas. Cronos ri de como quase nunca o encontram, não sabe como isso acontece, já que se sente bem visível. E enquanto o procuram, repousa no outono, preparando o inverno, quando, se não for encontrado, mudará de quintal...
Os poemas e fotos aqui publicados, quando não identificados como sendo de outros autores, são de autoria de Antonio Augusto Biermann Pinto
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
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